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sábado, 22 de outubro de 2005

Pode?

Ancelmo Gois em OGLOBO:

Tempo é dinheiro

A Cartier mandou um mimo para Lula: um modelo de seu novo relógio Santos, edição limitada que traz a insígnia da República estampada no fundo do mostrador.

Custa cerca de R$ 37 mil. Lula ganhou o número um.

sexta-feira, 21 de outubro de 2005

Inequívoca conspiração

OGlobo:

Izar: ‘Existe inequívoca conspiração’


BRASÍLIA. Os sucessivos recursos dos petistas ao Supremo Tribunal Federal (STF), à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e à Mesa da Câmara para tentar postergar a tramitação dos processos disciplinares na Casa culminaram ontem num duelo de notas e acusações entre o presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PTB-SP), e o deputado José Dirceu (PT-SP).

Irritado com o parecer do deputado Darci Coelho (PP-TO), na CCJ, favorável à suspensão do processo de Dirceu, e com a decisão da Mesa de atrasar a votação no conselho, Izar divulgou nota acusando a existência de uma conspiração.

“Existe uma inequívoca conspiração envolvendo alguns deputados, objetivando protelar o julgamento de ações atentatórias ao decoro parlamentar”, acusou Izar em nota.

Algumas horas mais tarde, Dirceu reagiu, com outra nota, sugerindo que Izar estaria falando demais e tentando atropelar os prazos e o rito regimental. “Como diz o povo, o apressado geralmente queima a língua”, disse Dirceu em sua nota.

quinta-feira, 20 de outubro de 2005

E lá na Alemanha...

JBrOnline:

Na cama, com a Volks
A imprensa alemã deita e rola com o escândalo de orgias da Volkswagen no Brasil. O jornal Welt revela que a VW pagou a visita do ex-sindicalista e hoje ministro Luiz Marinho (Trabalho) a um bordel em Wolfsburg, com um amigo. O presidente no Brasil, Hans-Christian Maergner saberia do “mimo” sexual. Quem abriu o bico foi Klaus-Joachim Gebauer, ex-gerente de RH da Volks.

quarta-feira, 19 de outubro de 2005

Farol alto

JOSÉ JANENE (PP-PR)

O líder do PP terá seu caso relatado pela petista Ângela Guadagnin, que tem sido a principal aliada do governo entre os integrantes do Conselho de Ética.


PROFESSOR LUIZINHO (PT-SP)

O ex-líder do governo foi o único dos petistas a ter sorte de pegar um relator governista: seu caso ficou com Pedro Canedo (PP-GO)

Conselho de Ética x José Dirceu

O PAÍS em OGlobo:

O duelo no Conselho


“Diante desse conjunto tão expressivo de evidências, que no campo da ética e do decoro parlamentar constituem-se em provas contundentes de desprezo do deputado José Dirceu pelo sentido de limitação que deve pautar a atuação de um mandatário público, sua cassação se impõe como meio de restaurar a dignidade e a credibilidade desta Casa”

“Tudo leva a crer que a alta cúpula do PT levou para dentro do governo Lula dois conceitos marxistas: que os fins justificam o uso de meios reprováveis e que o partido está acima do Estado"

“A Câmara curvou-se a um esquema de corrupção ardilosamente arquitetado com o intuito de manipular a atuação de bancadas e partidos. É lastimável. Mas temos que ter a coragem de reconhecer e admitir que este esquema de governabilidade de amor remunerado só alcançaria êxito em ambiente promíscuo”

JÚLIO DELGADO relator do processo contra José Dirceu, em seu voto

“Cassação só por razões políticas é a mesma coisa que cassação por causa da cor, da raça, da etnia, da ideologia. Vou lutar e mostrar ao país que não existe prova contra mim”

“Não sou corrupto, nunca fui conivente com a corrupção, tenho a consciência tranqüila. Não vou carregar essa acusação”

“Eu não peço clemência, nem misericórdia, nem complacência. Só peço justiça”

“Não é possível que a opinião publicada se sobreponha à consciência de vocês. Não posso ser linchado pela imprensa. Fui comparado até ao Maluf, me chamaram de Maluf da esquerda! Não posso acreditar!”

JOSÉ DIRCEU deputado (PT-SP) e ex-ministro

terça-feira, 18 de outubro de 2005

Mais

JBOnline:

Outras urucubacas


Deonísio da Silva

Escritor

É verdade que errei em boa companhia ontem no JB, mas errei. Apoiado em Antônio Houaiss, José Pedro Machado e Silveira Bueno, entre outros, escrevi, a propósito da urucubaca invocada pelo presidente Lula, que o vocábulo surgira na gripe espanhola de 1918. Quatro enganos, como se verá. Fazer o quê? ''A ciência é a eliminação progressiva do erro'', disse Engels. E meus antigos professores de latim reiteravam sempre errare humanum est, sed perseverare in erro diabolicum est (errar é humano, mas perseverar no erro é diabólico).

A urucubaca é mais antiga. Surgiu antes de o jingle político existir apenas como louvor, quando a ironia grassava nas campanhas e ia passando de boca em boca. O rádio só surgiria em 1922.

Assim, foi muito cantada no carnaval de 1915, Ó Filomena (gravada em 1914, quatro anos antes da gripe espanhola), de J. Carvalho e J. Praxedes, cujos versos ironizavam a idéia que o presidente tinha de fazer seu sucessor: ''A minha sogra morreu em Caxambu/ Foi pela urucubaca/ Que deu o seu Dudu./Ai Filomena/ Se eu fosse como tu/ Tirava a urucubaca/ Da careca do Dudu''. Dudu era o apelido do presidente Hermes Rodrigues da Fonseca.

Cantada até hoje na melodia de Marcha, soldado, cabeça de papel, foi sucesso no carnaval e fracasso na política. Venceslau Brás, o candidato oficial, venceu as eleições presidenciais. ''Dudu quando casou/Quase que levou a breca/Por causa da urucubaca/Que ele tinha na careca''. Quem levou a breca foram os autores, os eleitores votaram maciçamente contra a canção, dando 90% dos votos ao vitorioso.

Várias vezes deputado e depois presidente da República, Artur Bernardes mandou prender o escritor Djalma Andrade, seu conterrâneo, autor de jingle que dizia às claras o que era entredito em murmúrios, isto é, que o presidente era homossexual. Para tanto, utilizou a ambigüidade polissêmica do verbo comer: ''Quando à cova ele desceu/Inteiramente despido/Disse um verme para outro verme:/Não como, já foi comido''.

Na voz de Chico Alves, o candidato Washington Luís sofreu, mas venceu as eleições de 1926: ''Ele é paulista?/É sim senhor/Falsificado?/É sim senhor./ Cabra farrista? É sim senhor./ Ele é estradeiro?/ É sim senhor''. Estradeiro porque dissera que ''governar é abrir estradas''. Falsificado, porque era carioca de Macaé.

Chico Buarque fez marchinha para apoiar Fernando Henrique Cardoso, contra Franco Montoro, nas eleições para o Senado, em 1978, aproveitando os acordes de Acorda Maria Bonita: ''a gente não quer mais cacique/A gente não quer mais feitor/ A gente agora tá no pique/Fernando Henrique pra senador''.

As farpas de Chico Buarque não surtiram efeito, mas é bom lembrar que um homem como Franco Montoro, íntegro, ético e um de nossos melhores políticos tenha sido chamado ''cacique'' e ''feitor'' por um artista como Chico Buarque! Como lembrou Fernando Morais em artigo publicado na Folha de S. Paulo (disponível em www.observatoriodaimprensa.com.br), ''com a proximidade da derrota de FHC, os montoristas refizeram com fino humor a letra do jingle: A gente não tem mais cacife/ A gente não tem mais mentor/A gente agora foi a pique/Fernando Henrique é só professor''. Houve, porém, a tréplica da realidade e na seqüência FHC foi eleito senador, tornou-se ministro da Fazenda, elegeu-se e foi reeleito presidente da República.

As urucubacas, como Minas, estão onde sempre estiveram. No Brasil, infelizmente! Mas sempre soubemos vencê-las! Falta apenas descobrir como faremos desta vez!

PS. Agradeço a meu querido amigo, o jornalista Jayme Copstein, que me escreveu de Porto Alegre, identificando o erro e enviando a marchinha Ó Filomena.

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