Esta é uma estória que gostaria que fosse história.
Décadas ou talvez séculos é o tempo que o país perdeu para fazer seu futuro melhor.
Condições naturais não são empecilho para o seu crescimento. O que há é uma imensa desigualdade social por ser desconstruída. Uma consciência mínima do mínimo necessário para que a sociedade tenha para se desenvolver.
Falta a educação básica, o entendimento do que cada cidadão precisa para poder fazer algo para si e aos seus. Com a falta insistente da comida e a fome a bater à sua porta, cobrando sobrevivência, falta de trabalho e dinheiro para seu sustento, o brasileiro vive o seu dia-a-dia, sem saber se terá o dia de amanhã.
Uma consciência mínima do que pode e deve fazer é assaltada na doença de um filho, de difícil atendimento e assistência médica. Uma doença gerada pela falta de condições sanitárias do seu abrigo. Um ganha pão pedido e orado a todo instante, frustrado por longas e intermináveis filas de desempregados em escassas vagas de emprego.
Mais um dia de luta e lá vai o brasileiro recolher-se junto a sua família com a esperança novamente perdida e a angústia de procurar o que comer, numa terra farta de alimentação.
Blasfema e se martiriza com tanta dor.
Há muito o que fazer e tantos querendo que seja feito. Entretanto, faltam-nos líderes que consigam expressar os sentimentos de indignação, apresentem soluções para a melhoria do bem estar da população e implantem-nas corretamente. Não é tarefa fácil e nem será rápida.
Não haverá cor, credo ou ideologia que vá contra esta história que, um dia, irá ser contada pelos nossos filhos ou netos - O surgimento da nação brasileira.
